quinta-feira, julho 28, 2005

Contacto

No passado dia 21/07/2005, com o intuito de obter informações para a criação do sindicato, enviei o seguinte email para a: Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), União Geral de Trabalhadores (UGT) e Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.


"Boa tarde,
Eu gostaria de obter informações acerca do processo a seguir para a formação de um sindicato em Portugal.
Será que me poderiam ajudar?
Despeço-me com os melhores cumprimentos, aguardando resposta.
/Daniel Gomes."

Até ao momento apenas recebi resposta do webmaster do site do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, informando-me que o meu email foi remetido para a Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho.

quinta-feira, julho 21, 2005

Criar um sindicato dos informáticos!

A necessidade parece ser reconhecida.

A vontade também.

Mas a acção não...

Em conversa com amigos pertencentes a sindicatos e advogados já obtive informações informais sobre como formar o sindicato.

Em suma forma-se uma comissão, definem-se os estatutos do sindicato que podem muito bem ser adaptados de estatutos de outros sindicatos já existentes e cria-se o sindicato no Ministério do trabalho.

Está formado! E agora?

Como um amigo meu disse: qual é a força de um exército que não tem soldados?

É necessário que existam sindicalizados que paguem as cotas. Que as paguem sempre, não apenas quando o azar lhes bate à porta.
Enfim, é necessário um espirito de classe, de entre ajuda, de solidariedade.

Valores pouco presentes na nossa classe profissional, e infelizmente, também na sociedade.

É preciso que o sindicato depois de formado tenha 10 coisas essenciais:

1. Um nucleo de pessoas empenhadas na sua organização e gestão, dispostas a trabalhar e a fazer sacrifícios para um bem comum.
2. Sindicalizados, e consequentemente dinheiro. Para divulgação, acções de formação, criação de bolsas de emprego, avenças com advogados, etc.

Há voluntários?

A criação do sindicato em si, não vai resolver os problemas de ninguém. A união é que vai. Com união a maior parte dos problemas até poderiam ser resolvidos dentro das organizações, sem qualquer intervenção externa.

Os sindicatos em si como todas as organizações não existem.

Ouço dizer "Criem um sindicato", "Os sindicatos isto e aquilo", "Era mesmo bom que criassem um sindicato"...

Os sindicatos são criados pelos trabalhadores. Temos é de nos organizar.
Conseguimos fazer sistemas que organizam a vida de milhões de pessoas e não conseguimos organizar um grupo de pessoas para defender os nossos direitos.

Com a criação do blog, deixámos de responsabilizar os outros e esperar que alguém faça alguma coisa.
O nosso objectivo por agora é reunir o exército, este é o sítio, ainda que virtual onde nos vamos unindo.
Divulgem a ideia. Criem links nos vossos sites para este singelo blog.

Leiam a legislação sobre o código do trabalho. Vão ver que é mais simples que a maior parte das documentações que lemos todos os dias.

Contactem o ministério do trabalho para esclarecerem dúvidas. Usem contactos pessoais.

E todos são livres de partilhar os conhecimentos obtidos neste blog.

Vamos lá deixar de chorar a nossa sorte e esperar que os outros façam e começar a fazer algo.

Os sindicatos são criados pelos trabalhadores e para defender os trabalhadores.

Se os actuais defendem cores políticas, instigam guerras entre classes e fazem greves para criar fins de semana prolongados, vamos começar um de novo.

Sem podres...

quarta-feira, julho 13, 2005

Informática é uma ciência?

É uma dúvida colocada por muitos que nem sempre consegue consenso.
Arte em alguns casos, ciência noutros, este artigo apresenta uma discussão de opiniões sobre o tema.

terça-feira, julho 12, 2005

Regresso ao passado?

Durante meio século o Estado Novo manteve a nossa economia baseada numa política de preços baixos mantidos através na exploração da mão-de-obra, principalmente do sector primário. O meu avô, que é uma pessoa muito calma, exalta-se quando relembra os “bons” velhos tempos e diz: “A escravatura só foi abolida em Portugal quando acabou a ceifa manual no Alentejo”. Basicamente mantinha-se uma classe trabalhadora com um nível de vida mínimo, para que uma classe alta tirasse proveito da exploração do seu trabalho. A classe média tinha uma presença tímida na sociedade. Esta política levou-nos a 50 anos de atraso em relação ao resto da Europa. Há quem justifique este atraso com o esforço de guerra levado a cabo por outros países durante a 2ª Grande Guerra. A titulo de exemplo, a Suíça também não entrou na guerra, tal como Portugal, e vejam a diferença actual entre os nossos dois países.

Houveram pessoas que lutaram e esta situação mudou e os trabalhadores ganharam direitos consagrados na Constituição e a economia recuperou consideravelmente do atraso. No entanto, nos últimos anos tenho verificado um retorno às políticas de rentabilização baseadas na exploração de mão-de-obra. Coincidentemente, países como a Espanha e a Grécia passaram-nos à frente, mantendo e até elevando o nível de vida dos seus habitantes. Olhando para o passado, poderemos concluir que seguindo o rumo actual, vamos recuperar rapidamente os 50 anos de atraso em relação ao resto da Europa.