terça-feira, fevereiro 22, 2005

Porque será que não fazemos o mesmo?

Porquê um sindicato dos informáticos?

Como resposta deixo-vos alguns URLs recentes que demonstram o que outras categorias profissionais conseguem através da sua união e representação através de um sindicato.

Inspectores da Polícia Judiciária iniciam greve parcial
Santa Maria: ortopedia em greve durante um mês
Médicos prolongam greve
Sindicatos mantêm greve na RTP e RDP

Reparem no padrão entre as notícias: falta de pagamento das horas extraordinárias E greve.

Agora imaginem, que todos os profissionais informáticos queriam ver defendidos os seus direitos, iguais aos de todos os outros trabalhadores. Mas imaginem mais. Imaginem que amanhã havia uma greve geral de informáticos.
O que será que aconteceria?

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Greve !??!!? Mas isto agora virou função pública ? Vão trabalhar e deixem os outros trabalhar. Não estão bem demitam-se! Quem não está bem muda-se... é tão simples.

11:00 da manhã  
Blogger Daniel G. said...

Mas a questão é: muda-se para onde quando as situação for igual em todo o lado?

Recomendo o autor do comentário a ler um pouco de História.

A greve é o último recurso do trabalhador quando todos as alternativas já se esgotaram.

1:07 da tarde  
Blogger Miguel Costa said...

Primeiro, os direitos e deveres são para todos, tanto para os trabalhadores da função pública, como para os das empresas privadas.

Segundo, existem muitos sindicatos e greves para além dos que englobam a função pública.

Terceiro, é muito mais fácil mudar-se, que tentar mudar as coisas que estão mal.

Quarto, num estado democrático cada um pensa por si, e as palavras apenas têm força nas mentes que se identificam com elas.

Quinto, porque será que começo a ouvir a voz do patronato?

8:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois, ocorreu-me o mesmo!, além de me soar a alguém q acordou 2ªf com os pés de fora e a mulher aos berros porque os putos ainda n estão na escola, parece-me realmente, mais q tudo, resposta de patronato, mas enfim, com o tempo pode ser que mude (afinal, burro velho nao aprende línguas) ou aprenderá como se vê neste caso se lhe convierem os interesses?!

Bom aproveito este "comment" para felicitar a brilhante ideia deste blog, pena é a adesão ainda me parecer menor. No entanto parabéns ao Marx e ao Daniel.

Se me fôr permitido, gostava de aqui expôr a situação q atravesso há 4 meses. Trabalho como Webdesigner numa empresa nova só de Webdesign, tanto eu como os meus 2 colegas estamos num impasse deveras extraordinário, em 7 anos de experiência profissional nunca semelhante caso me havia acontecido.

Assim, além de todo o software aqui utilizado para produção e edição ser inteiramente pirateado e "cracado" (o q já é costume[?] na maioria das empresas, aqui aponto o dedo à fiscalização e inspecção das empresas!), devo adicionar questões n menos graves como a falta de limpeza no local desde quando para cá entrei, falo do chão, secretárias, máquinas e janelas por limpar, a ausência desde sempre de toalhas ou papel para limpar as mãos, chegando nesta altura ao ponto de há mais de um mês n existir sabonete para lavar as mãos e sem dúvida mais grave ainda, a falta de papel higiénico, aproveito para salientar o estado lastimável do WC por limpar desde q o conheço (faz + de 4 meses relembro). Como se todos estes não fossem suficientes, o problema maior coloca-se quando a ausência do patrão é total, ou antes, a presença do patrão resume-se a cerca de meia-hora cada 15 dias. Acrescendo a situaçao de que desde há 2 meses que nada se produz nesta empresa, já q não nos foi entregue qualquer trabalho q justifique a presença de 2 criativos e 1 programador 8 horas por dia 5 dias por semana. Para agravar mais ainda a situação qualquer um de nós os 3 não tem qualquer vinculo legal à empresa, não!, nem recibos verdes são entregues (no mínimo estranho, ou será burro?), apenas o programador recebeu este mês o seu primeiro recibo e mesmo pressionando a entidade empregadora ainda não viu o seu contracto em vias de facto.

Perante toda esta inconsistência empresarial e instabilidade dos trabalhadores falta dizer q todos os pagamentos têem sido cumpridos mais ou menos por inteiro e/ou a horas, sendo que dois deles por transferência bancária, um por numerário e outro por cheque, hoje aguardo ainda na ignorância de como e quando será feito o pagamento do mês de Fevereiro que finda.

Finalizo a exposição desta realidade não menos triste do que quando a comecei salientando que estamos em pleno centro de Lisboa numa das avenidas mais concorridas da cidade ocupando um andar elvado num dos mais recentes prédios das redondezas.

Sem mais e grato pela atenção e espaço q me é concedido pelos demais que leiam e se interessem por este caso o meu sincero agradecimento
Jorge Daniel Pereira em
jodanper@gmail.com

ps: se fôr caso disso e vos parecer q este texto deva criar um novo assunto por si só neste blog, fica desde já aqui a minha autorização para tal efeito.

2:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caros...

Perante o comentário supra pergunto e peço indicações ou sugestões de como poderei regularizar esta situação. Sendo do meu conhecimento que após 3 meses num mesmo local de trabalho com horários fixos passa o trabalhador a ter estatuto de efectivo nos quadros da empresa, e ora não tendo qualquer tipo de recibo da empresa para que possa provar as minhas funções ao longo dos 4 meses que passaram, quais as alternativas legais que me possam valer para efeitos de legalização?

2:31 da tarde  
Blogger Daniel G. said...

Obrigado pelo interesse no nosso trabalho.

Se o sindicato já existisse teria o maior prazer em redireccioná-lo para o nosso departamento de aconselhamento juridico.

Como ainda não existe, o melhor que tem a fazer é contactar um advogado.
A situação que descreves é extremamente grave e são situações destas que nos empurram para o terceiro mundo.

Sem teres quaisquer documentos que comprovem o teu trabalho na empresa, resta-te o recurso a testemunhas penso eu.
Mas atenção que eu não tenho formação juridica.

De qualquer maneira julgo que a gravidade da situação merece que a denuncies junto da Inspecção Geral do Trabalho.
http://www.igt.idict.gov.pt/

Não te inibas de contactá-los, a IGT serve para defender os trabalhadores.

2:45 da tarde  
Blogger Daniel G. said...

Obrigado pelo interesse no nosso trabalho.

Se o sindicato já existisse teria o maior prazer em redireccionar-te para o nosso departamento de aconselhamento juridico.

Como ainda não existe, o melhor que tens que fazer é contactar um advogado.
A situação que descreves é extremamente grave e são situações destas que nos empurram para o terceiro mundo.

Sem teres quaisquer documentos que comprovem o teu trabalho na empresa, resta-te o recurso a testemunhas penso eu.
Mas atenção que eu não tenho formação juridica.

De qualquer maneira julgo que a gravidade da situação merece que a denuncies junto da Inspecção Geral do Trabalho.
http://www.igt.idict.gov.pt/

Não te inibas de contactá-los, o IGT serve para defender os trabalhadores.

2:59 da tarde  
Blogger VG said...

Sinceramente esta não posso deixar passar. Então alguem que tanto fala de sindicatos, da sua importância, do seu trabalho, e assim que alguem aqui chega e pede ajudar é enviado para um advogado e para a IGT?

A ver se fica esclarecido de uma vez por todas: existem sindicatos em Portugal que sabem como lidar destas situações.

(não vou entrar agora na discussão se deve haver um sindicato de profissão ou não)

Pelo que o Jorge Daniel disse, parece-me que ele trabalha numa empresa de serviços, logo existe um dos maiores sindicatos a nivel nacional, o CESP. www.cesp.pt

Aconselho que entre rápidamente em contacto com o CESP por telefone ou então por email. Deixo aqui o link para uma página para denúncias anónimas: cespdenuncias@mail.telepac.pt e a página é: http://www.cesp.pt/Noticias/debate_ti.htm

Tenho a certeza que te vão aconselhar bem.

8:53 da tarde  
Blogger Daniel G. said...

Mea culpa!

Que fique bem esclarecido, a minha posição é a de que faz falta um sindicato dos informáticos mas como não existe, nem saberemos se algum dia existirá, deveremos recorrer e apoiar os existentes. Que por sinal já são imensos.

Pelo que percebi deste ultimo comentário parece que o CESP disponibiliza apoio juridico gratuito a qualquer trabalhador independentemente de ser sindicalizado ou não.

E parece que até consegue resolver os problemas sem recorrer a advogados nem ao IGT.

Desconhecia este factos.

Peço desculpa. Menosprezei o CESP.

Ou não?

11:19 da manhã  
Blogger VG said...

um trabalhador ir à IGT é como marcar uma consulta médica no serviço nacional de Saude. São precisos meses. Se um sindicato (depois de ser alertado) e com dados concertos (que isto de queixas tem muito k se lhe diga, é também o nome do sindicato que está em jogo, por isso as denúncias tem que ter pés e cabeça) alertar a IGT, eles mexem-se, porque tem receio das noticias que o sindicato faça circular para jornais diários.

Como a maior parte das empresas de informática são empresas de Serviços eu acho que enquanto não houver "capital" humano suficinente para se criar um sindicato de profissão, os informáticos deviam-se sindicalizar no www.cesp.pt.

Aproveitar as estruturas já existentes e criar um grupo maior e mais coeso para intervir nas empresas de informática. Depois com esses conhecimentos, com essa experiencia, será muito mais facil criar algum tipo de sindicato de prof. É só uma ideia...

10:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Senhor “Anonymous”:
Eu de facto pensei que já tinha visto de tudo na vida… Agora uma pessoa que concorda com a exploração no trabalho… Por favor.
Seria bom que tentasse perceber para que serviram “coisas” como o 25 de Abril. Liberdade, direitos… Isso diz-lhe alguma coisa?
Parece-me um pouco ignorante dizer para as pessoas “se mudarem”, uma vez que é do conhecimento geral que arranjar trabalho não é propriamente fácil. Mas lá por não ser fácil, não quer dizer que tenhamos que nos sujeitar a qualquer exploração que nos apareça. Quando isso acontece, denunciamos, revoltamo-nos, lutamos pelos nossos direitos.
Por favor evite este tipo de comentários. Tenha respeito. Não pelos outros, mas por si próprio.

8:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caros senhores,

Trabalho para uma multinacional espanhola a trabalhar no nosso país e gostaria que me informássem acerca da legalidade de certas práticas implementadas por ela e onde me posso informação da legislação correspondente. Acreditem já procurei.


Em primeiro lugar, o meu local de trabalho é no Porto e passei a maior parte destes 3 anos desde que entrei na empresa em deslocações a Lisboa, a semana inteira só vindo dois dias a casa para o fim-de-semana. Existem limites de tempo para estas situações?

Segundo, nessas deslocações tenho estadia e jantar pago, no almoço é-me apenas dado o subsidio de alimentação. Era suposto ser dada alguma compensão pelo facto de estar deslocado?

Terceiro, a discrepância é tremenda estre Lisboa e Porto em termos de salário e posição. Ora existindo situações anómalas como por exemplo eu ser considerado Programador ao fim de 3 anos de trabalho e por exemplo pessoas que acabam de entrar na empresa por Lisboa com zero ou pouco tempo de experiência que para além de auferirem mais salário têm a categoria de Programador Sénior (isto categorias do Ministério). É legal, o que posso fazer acerca disto?

4:01 da tarde  
Blogger Daniel G. said...

A legalidade das questões que coloca dependem do contrato que assinou.

Caso o sindicato fosse uma realidade teria o maior prazer em redireccioná-lo para o departamento juridico.

Como ainda não o é, aconselho-o fortemente a contactar um advogado. É para isso que eles existem.

Se necessário posso indicar-lhe um por email.

Cumprimentos e boa sorte.

4:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

invicto eu trabalho numa empresa que tem o mesmo tipo de atitude que essa e o que te tenho a dizer é:
INSURGE-TE

Quem manda em ti? só tu!
Se não queres vir a lisboa diz que nao vens.. muda de empresa.. caga para esses cabroes que te estao a foder e tu a veres...
É lógico que em lisboa esses cabroes pagam mais...
E nós é que nos fodemos..
eu já pelo sim pelo não vou tirando muito guito atraves das ajudas de custo .. ou seja nao fico no hotel e recebo + 900 euros por mes...
era o que devias fazer e cagar nesses gajos que nao merecem o teu esforço

:)
o revoltado

11:43 da manhã  

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